sexta-feira, 16 de novembro de 2018

Perito Ricardo Molina confirma em laudo que Lula e Marisa adulteraram documento de compra do Triplex

Perito Ricardo Molina confirma em laudo que Lula e Marisa adulteraram documento de compra do Triplex


O perito Ricardo Molina confirmou que Lula e Marisa adulteraram documento de compra do Triplex do Guarujá, após concluída a perícia em proposta de adesão assinada pela ex-primeira-dama Marisa Letícia. [right-post]

Molina é professor da Unicamp e um dos mais respeitados peritos forenses do Brasil, tendo atuado em casos emblemáticos em processos judiciais criminais e Perito em processos cíveis que marcaram a história do país.

A Força-tarefa da Operação Lava Jato pretende divulgar um documento comprometedor sobre a verdadeira identidade do dono do Triplex. O documento apreendido na 22ª fase junto a cooperativa Bancoop. Os peritos realizam perícia da proposta de adesão firmada pela ex-primeira-dama Marisa Letícia para aquisição de uma unidade no Edifício Solaris. Um fato relacionado ao documento apreendido chamou a atenção dos investigadores, que constataram que o acordo de compra do imóvel foi rasurado.

A revista ISTOÉ teve acesso ao documento e pediu que o perito Ricardo Molina o examinasse. Molina atestou em seu laudo que o número 141 foi escrito em cima de outro. “(A análise) não deixa dúvidas de que o número existente antes da rasura era 174”, afirma. Outros riscos no documento complicam a família Lula. “Trata-se de uma cobertura com garranchos não legíveis, ou seja, meros rabiscos cuja aparente intenção seria apenas de cobrir a escrita original. Apesar da intensidade dos rabiscos sobrepostos, fica evidente que a escrita original era a palavra “tríplex”. As letras t,r, i,p,l,e e x estão bem definidas. Ora, não existe qualquer outra palavra na língua portuguesa, que não seja “tríplex”, que combine esse conjunto de letra”, atesta. Para Molina, a análise do documento mostra que as alterações foram realizadas para mascarar propositalmente os escritos que se encontravam embaixo.

De acordo com os investigadores da Lava jato, a rasura do termo de adesão comprova delito digno de pena de quatro anos de reclusão a quem tiver realizado e justifica até prisão preventiva.

Para os investigadores, a rasura do termo de adesão comprova delito digno de pena de quatro anos de reclusão a quem tiver realizado e justifica até prisão preventiva. Eles acreditam que integrantes da Bancoop, cooperativa ligada ao PT, tentaram alterar a prova. Desde o começo, o ex-presidente evitou dizer que seu apartamento possuía um número. Afirmava que tinha apenas uma cota do empreendimento. Desmentido por depoimentos e entrevistas de proprietários em reportagem publicada por ISTOÉ em janeiro, o instituto que leva o nome de Lula lançou a nota “Os documentos do Guarujá: desmontando a farsa”, em que declarou que o apartamento escolhido era o 141. Mesmo assim, não mostrou proposta de adesão do imóvel assinado. Mas por que, então, adulterar e não sumir com o documento ou fazer um novo? Se o termo sumisse, as suspeitas se ampliariam, já que a Bancoop mantém a documentação de outros imóveis. Criar outro seria arriscado.“Tratando-se de documento com número de série e já impregnado com visíveis marcas do tempo, uma falsificação recente deixaria marcas muito evidentes”, afirma o perito Molina. Na casa do ex-presidente Lula, a Polícia Federal apreendeu um termo de adesão em branco do tríplex.
TRIPLEX-02-IE.jpg
É DELA 
Apesar de negar, ex-primeira-dama Marisa Leticia assinou termo para adquirir o tríplex
Como ISTOÉ mostrou na última edição, a decisão da Justiça paulista de enviar a denúncia sobre o caso tríplex do Ministério Público paulista para a Justiça Federal do Paraná trouxe o compartilhamento de provas robustas. Os promotores pediram a prisão do ex-presidente, entre outros, pelos crimes de lavagem de dinheiro e de falsidade ideológica. Os depoimentos colhidos pelo Ministério Público indicam que a Bancoop alterou a numeração dos apartamentos para que a cobertura do tríplex tivesse vista para o mar. Confirmam que Lula visitou o apartamento. A ex-primeira também acompanhou as reformas de mais de R$ 700 mil pagas pela OAS do imóvel que diz nunca ter sido dela.

A pedido de ISTOÉ, o perito Ricardo Molina examinou o documento. No laudo, ele atesta que o número 141 foi escrito em cima de outro. “(A análise) não deixa dúvidas de que o número existente antes da rasura era 174”, afirma. Outros riscos no documento complicam a família Lula. “Trata-se de uma cobertura com garranchos não legíveis, ou seja, meros rabiscos cuja aparente intenção seria apenas de cobrir a escrita original. Apesar da intensidade dos rabiscos sobrepostos, fica evidente que a escrita original era a palavra “tríplex”. As letras “t”, “r”, “i” e “x” estão bem definidas. Ora, não existe qualquer outra palavra na língua portuguesa, que não seja “tríplex”, que combine esse conjunto de letra”, atesta. Para Molina, a análise do documento mostra que as alterações foram realizadas para mascarar propositalmente os escritos que se encontravam embaixo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário