terça-feira, 20 de novembro de 2018

Aposentadoria ou cadeia para a velha política pode ser a única formula para a sobrevivência de alguns partidos

Aposentadoria ou cadeia para a velha política pode ser a única formula para a sobrevivência de alguns partidos



Mesmo após a cassação do mandato da ex-presidente Dilma Rousseff pelo crime de responsabilidade e a prisão do ex-presidente Lula pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro, o PT ainda conseguiu ir para o segundo turno da última eleição presidencial e o poste do presidiário, Fernando Haddad, que teve sua candidatura lançada na porta da penitenciária, ainda conseguiu mais de 31 milhões de votos no segundo turno.

Há quem diga que é um número expressivo, mas não é. Boa parte destes votos foram de eleitores contrários à candidatura do presidente eleito, Jair Bolsonaro, que tinha uma rejeição ainda alta às vésperas da decisão da eleição. Há ainda que se considerar o universo de mais de 147 milhões de eleitores, dos quais o PT não conseguiu amealhar nem 1/4.

Figuras como Dilma Rousseff, Lindbergh Farias e Eduardo Suplicy, todos petistas que puderam contar com a 'máquina' do partido em seus respectivos estados, foram derrotados em suas tentativas de conseguir um mandato no Senado. Dos 33 senadores que tentaram a reeleição, apenas 8 conseguiram garantir um novo mandato. Houve casos ainda de senadores que desistiram de disputar a reeleição, como a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, que optou pelo 'rebaixamento' para garantir um mandato como deputada federal. Gleisi obteve pouco mais de 200 mil votos, enquanto os senadores eleitos pelo Paraná, Oriovisto Guimaraes e Flavio Arns, obtiveram 2.9 milhões de votos e 2.3 milhões, respectivamente.

Os políticos que foram coniventes, direta ou indiretamente, com a roubalheira do PT de Lula e Dilma ao longo de quase uma década e meia foram lembrados pelos eleitores e dificilmente serão esquecidos nas próximas eleições. O fracasso nas urnas é um sinal claro de que insistir em nomes de velhas raposas da política pode ser uma fórmula de afundar ainda mais os partidos que sofreram as maiores baixas nas eleições de outubro.

Os que não estiverem devendo nada à Justiça, podem pendurar as chuteiras ou pular para o lado de lá do balcão, assumindo postos na gestão das legendas. É recomendável ainda que abandonem seus discursos, rasguem as cartilhas e engavetem seus estatutos. Para que sobrevivam, o mais aconselhável para a maioria dos partidos é começar do zero, com gente nova, sintonizada com os novos tempos, ideias e propostas mais arejadas, e até mesmo novas siglas. Caras, cores e siglas manjadas como as do PT terão poucas chances de sobrevivência no futuro.

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