Resumo
Esse artigo teve como objetivos averiguar as funções administrativas aplicadas na gestão de clínicas de
Fisioterapia, analisar as estratégias de gestão empresarial, a organização do trabalho no gerenciamento de
clínicas de Fisioterapia particulares e utilizar as funções propostas pela Teoria Neoclássica da
Administração. Foi realizada uma pesquisa descritiva e exploratória, de natureza quantitativa em trinta
empresas de Fisioterapia. Foram analisadas as funções administrativas de planejamento, organização,
direção e controle, as estratégias de gestão empresariais observando o meio ambiente operacional e
expandido, os recursos tangíveis e intangíveis, demonstrando as vantagens competitivas de uma clínica em
relação à outra. Conclui-se que há a necessidade de que o administrador deva interagir com os
fisioterapeutas e outros funcionários da clínica para que a assistência prestada aos clientes seja o escopo a
ser atingido.
Palavras Chaves: Administração; funções administrativas; gestão de clínicas de Fisioterapia.
ADMINISTRATIVE FUNCTIONS APPLIED IN PHYSICAL THERAPY MANAGEMENT OF
PRIVATE CLINICS FORTALEZA CITY
Abstract
This article aimed to ascertain the applicable administrative roles in the management of physical therapy
clinics, analyze the strategies of business management, organization of work in managing private physical
therapy clinics and use the functions offered by the Neoclassical Theory of Directors. We performed a
descriptive and exploratory research, quantitative in thirty companies of Physiotherapy. We analyzed the
administrative functions of planning, organization, direction and control, business management strategies by
observing the environment and expanded operating, the tangible and intangible resources, demonstrating the
competitive advantages of a clinic in relation to the other. We conclude that there is a need for the
administrator must interact with physical therapists and other clinical staff for the assistance provided to
1 Administrador graduado na Universidade Federal do Ceará. Fortaleza, Ce, Brasil.
2
Fisioterapeuta graduada na Faculdade Christus. Fortaleza, Ce, Brasil.
3
Fisioterapeuta graduada na Faculdade Christus. Fortaleza, Ce, Brasil.
4
Fisioterapeuta Docente Co-Orientadora, Mestre em Farmacologia. Fortaleza, Ce, Brasil.
5 Administrador Docente Orientador, Mestre em Gestão Empresarial. Fortaleza, Ce, Brasil.
Revista Interfaces: Saúde, Humanas e Tecnologia. Ano 1, v. 1, n.1, mar, 2013.
Faculdade Leão Sampaio
Artigo Científico
ISSN 2317 – 434X
MUNIZ FILHO, Júlio César; CHAGAS, Anna Caroline Soares; Paloma Soares Braz;PONTES, Renata Bessa, M.Sc., Ft.; MORAIS, Laudemiro
Rabelo de Sousa e, M.Sc. Funções Administrativas Aplicadas na Gestão de Clínicas de Fisioterapia Particulares da Cidade de Fortaleza.
Rev. Interfaces. Ano 1, v. 1, n.1, mar, 2013.
clients is the scope to be achieved.
Keyword: Administration; administrative functions; management of physical therapy clinics.
INTRODUÇÃO
Sabe-se que as funções administrativas
foram estudadas e analisadas segundo vários
pontos de vista, sobretudo fundamentadas em
variáveis distintas – tarefas, estrutura, pessoas,
ambiente e tecnologia – e originaram, assim,
diferentes teorias administrativas: Teoria Clássica,
Teoria da Burocracia, Teoria das Relações
Humanas, Teoria Estruturalista, Teoria
Neoclássica, Teoria Comportamental, Teoria dos
Sistemas e Teoria da Contingência.
O conhecimento da administração e a
efetividade no seu exercício são fundamentais
para as organizações, uma vez que proporcionam
a compreensão e o controle (DRUCKER, 1984).
Adotando uma postura holística,
entendemos que todas essas teorias são válidas e,
por suas características específicas, oferecem
diferentes contribuições para o mundo dos
negócios.
Na realidade, cada teoria administrativa
surgiu como uma resposta aos problemas
empresariais mais relevantes de sua época.
De
certo modo, todas as teorias administrativas são
aplicáveis às situações de hoje, ou pelo menos em
determinados aspectos, e cabe ao administrador
conhecê-las bem para ter à sua disposição um
leque de alternativas interessantes para cada
cenário (CHIAVENATO, 1999).
A administração tem três objetivos:
proporcionar eficiência e eficácia com efetividade
às empresas; interpretar os objetivos da empresa e
buscar meios para alcançá-los, por meio da ação
administrativa que compreende o planejamento, a
organização, a direção e o controle. Não obstante,
a administração não é uma ciência exata, pois não
pode se basear em leis rígidas, mas sim em
princípios flexíveis.
Os princípios são condições
ou normas dentro das quais o processo
administrativo deve ser aplicado e desenvolvido
que são: princípio da divisão do trabalho e da
especialização; princípio da autoridade e
responsabilidade; princípio da hierarquia;
princípio da unidade de comando; princípio da
amplitude administrativa e princípio da definição
(CHIAVENATO, 1999).
Num ambiente globalizado, competitivo e
de constantes mudanças em que vivemos, a
administração tornou-se uma das mais importantes
áreas da atividade humana sendo a tarefa básica da
administração é a de fazer as coisas por
intermédio de pessoas (CHIAVENATO, 1999).
Nesse contexto, é que as novas concepções da
administração são consideradas pelos autores,
pesquisadores e profissionais, a chave para a
solução de muitos problemas no mundo moderno.
Não existem países desenvolvidos e
subdesenvolvidos, mas países que sabem
administrar a tecnologia existente e seus recursos
disponíveis e potenciais; e países que ainda não o
sabem. Em outros termos, existem países
administrados e países sub-administrados
(CHIAVENATO, 1999).
Quanto à sua formação, a administração
recebeu influências de diversas áreas do
conhecimento humano, como por exemplo, a
Filosofia. Já antes de Cristo, os filósofos da
antiguidade expunham seus pontos de vista sobre
essa área fascinante, que viria a ser importante nos
dias atuais. Para Sócrates (470 a.C. - 399 a.C.), a
administração é uma habilidade pessoal separada
do conhecimento técnico e da experiência
(CHIAVENATO, 1999).
Na área do conhecimento, as teorias nos
ajudam a entender processos essenciais, visto que
uma teoria é um conjunto coerente de
pressupostos elaborado para explicar as relações
entre dois ou mais fatos observáveis. A teoria é
aquela que embasa todas as nossas ações dentro da
organização e sobre todos os seus stakeholders
(pessoa ou grupo com interesse nas ações e no
desempenho de uma organização). Todas as
teorias da administração são produto do ambiente
e de forças sociais, econômicas, políticas,
tecnológicas e culturais (CHIAVENATO, 1999).
É até mesmo em situações simples do
nosso dia-a-dia que identificamos claramente a
relação com as teorias administrativas e é
importante salientar, que não existe uma teoria,
modelo ou padrão para todos os acontecimentos,
assim como a teoria que é eficaz em um
determinado lugar pode não ser eficaz em outro.
As principais escolas de pensamento da
Administração continuam dando atualmente
importante contribuição para a evolução da
administração, uma vez que todas as ações que
uma empresa toma em um mercado têm relação
com alguma teoria administrativa. Assim, é que
hoje as teorias atuais utilizam insights (enxergar
intuitivamente) e conceitos das escolas para gerar
seus novos conceitos (STONER, 1999).
Esses novos conceitos permitem às
empresas criarem estratégias competitivas, sejam
elas implícitas ou explícitas, e é o que as
proporciona sustentabilidade no mercado
corporativo. Por isso, a preocupação com as
questões internas e externas das empresas vem
aumentando nos dias de hoje, pois há uma
consciência renovada de sua importância
estratégica (PORTER, 2004).
Independentemente da posição de um
administrador dentro da organização, seja qual for
o tamanho da empresa, a função que ele exerce é
praticamente a mesma, pois em sua essência não
existe uma distinção. O administrador que tenha
sob sua direção subordinados, só conseguirá
alcançar os objetivos e metas propostos com a
cooperação de todos, pois todos, sem distinção,
fazem parte de um organismo e devem trabalhar
juntos para o sucesso da empresa. Atualmente, o
administrador encontra um excelente campo de
trabalho em empresas de Fisioterapia, visto ser
uma profissão em ascensão.
De acordo com o Conselho Regional de
Fisioterapia e Terapia Ocupacional da Sexta
Região Ceará e Piauí (CREFITO-6, 2011), a
Fisioterapia é uma ciência da saúde que estuda,
previne e trata os distúrbios cinéticos funcionais
intercorrentes em órgãos e sistemas do corpo
humano, gerados por alterações genéticas, por
traumas e por doenças adquiridas. Fundamenta
suas ações em mecanismos terapêuticos próprios,
sistematizados pelos estudos da biologia, das
ciências morfológicas e fisiológicas, das
patologias, da bioquímica, da biofísica, da
biomecânica, da cinesia, da sinergia funcional, e
da patologia de órgãos e sistemas do corpo
humano e as disciplinas comportamentais e
sociais.
Existem em Fortaleza uma média 300
empresas de Fisioterapia entre clínicas e
consultórios fisioterápicos. Não há atuação ativa
do administrador dentro dessas empresas
empregando seus conhecimentos e atividades,
sendo esse o objeto desse estudo. Por isso,
justifica-se a importância dessa pesquisa, visto a
necessidade de uma administração estratégica
nessas empresas.
Essa pesquisa teve como objetivo geral
averiguar as funções administrativas aplicadas na
gestão de clínicas de Fisioterapia particulares da
cidade de Fortaleza.
E como objetivos específicos
analisar as estratégias de gestão empresarial, a
organização do trabalho no gerenciamento de
clínicas de Fisioterapia particulares e utilizar as
funções propostas pela Teoria Neoclássica da
Administração: planejamento, organização,
direção e controle como referencial teórico.
Dessa forma, o presente estudo visou
responder a seguinte indagação: as funções
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Funções Administrativas Aplicadas na Gestão de Clínicas de Fisioterapia Particulares da Cidade de Fortaleza.
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administrativas estão sendo aplicadas na gestão de
clínicas de Fisioterapia particulares da cidade de
Fortaleza?
METODOLOGIA
A pesquisa consiste em projetos formais,
que visam à obtenção de dados de forma
empírica, sistemática e objetiva para a solução de
problemas ou oportunidades específicas
(SAMARA; BARROS, 2002).
Pesquisa é um procedimento intelectual,
em que o pesquisador tem como objetivo adquirir
conhecimentos por meio da investigação de uma
realidade e da busca de novas verdades sobre um
fato, como um objetivo ou um problema
(FACHIN, 2003).
É uma investigação, e a partir
dela, o pesquisador busca as soluções do seu
estudo. Tem como objetivo levantar várias
informações, no sentido de descobrir respostas
para as questões e indagações sobre o fato
estudado, não permitindo que subsista qualquer
dúvida (OLIVEIRA, 1999).
A pesquisa proporciona mais
conhecimentos acerca de um assunto ou
problema ainda não esclarecido. Ela tem como
finalidade tentar conhecer e explicar os
fenômenos que ocorrem nas suas mais diferentes
manifestações, e a maneira como se processam os
seus aspectos estruturais e funcionais, a partir de
uma série de interrogações. Significa planejar
cuidadosamente uma investigação com as normas
da Metodologia Científica, tanto em termos de
forma como de conteúdo (OLIVEIRA, 1999).
Foi realizada uma pesquisa descritiva e
exploratória, de natureza quantitativa. Descritiva,
pois teve como finalidade observar, registrar e
analisar como o fenômeno acontece. Exploratória,
pois estuda um fenômeno atual, obtendo ideias
desconhecidas e inovadoras sobre o tema
explorado, à descoberta de práticas ou diretrizes
que precisam modificar-se na elaboração de
alternativas que possam ser substituídas
(OLIVEIRA, 1999).
Esse trabalho descreveu as
funções administrativas, ou seja, às funções
básicas da Administração, que segundo os o
neoclássicos são: planejamento, organização,
direção e controle, e foi realizado em clínicas
particulares de Fisioterapia na cidade de Fortaleza.
1. UNIVERSO E AMOSTRA
Vários fatores contribuem para aumentar a
necessidade de inovação e planejamento no atual
cenário da fisioterapia, entre os quais se pode
destacar o aumento da exigência dos clientes; a
crescente concorrência das clínicas e atendimentos
homecare; o avanço no conhecimento científico
do corpo e da mente humana; e a consequente
proliferação de técnicas fisioterápicas e o alto
número de profissionais que se formam a cada
ano, superando a oferta de empregos existentes.
Cabe, portanto, um papel de destaque ao
administrador, neste setor.
De acordo com o CREFITO-6 (2011) a
Fisioterapia é uma ciência da saúde que estuda,
previne e trata os distúrbios cinéticos funcionais
intercorrentes em órgãos e sistemas do corpo
humano, gerados por alterações genéticas, por
traumas e por doenças adquiridas, sendo definida
como a ciência dos cuidados físicos e da
reabilitação. Ela pode ser administrada em
consultórios, clínicas, centros de reabilitação,
asilos, escolas, domicílios, clubes, academias,
residências, hospitais, empresas, unidades básicas
ou especializadas de saúde, pesquisas, entre
outros, tanto por serviços públicos como privados.
O estudo foi realizado em trinta (n=30) clínicas
privadas de Fisioterapia na cidade de Fortaleza, de
um universo de 300 clínicas existentes (dados do
CREFITO-6). A escolha dessa amostra foi por
conveniência e não probabilística, sendo que em
cada uma delas o administrador e/ou o
fisioterapeuta (exercendo a função de
administração) respondeu ao questionário. Dessa
forma, constituíram sujeitos (amostra) desse
estudo 30 fisioterapeutas e/ou administradores de
clínicas de Fisioterapia.
2.
INSTRUMENTOS DE COLETA DE DADOS
Para a realização da coleta de informações da
pesquisa, foi utilizado um instrumento baseado no
modelo de Trevizan (1993). Esse instrumento
constou de vinte proposições abordando as
funções administrativas, segundo a visão
neoclássica da Administração: planejamento,
organização, direção e controle. Cada proposição
possui quatro alternativas de respostas e foram
elaboradas cinco proposições para cada uma das
funções.
De acordo com Cervo e Bervian (2002), a
entrevista é uma conversa orientada para um
objetivo definido: recolher, por meio do
interrogatório do informante, dados para a
pesquisa. E para Fachin (2003, p. 156), o
questionário “é um modelo ou documento em que
há uma série de questões, cujas respostas devem
ser preenchidas pessoalmente pelos informantes”.
A aplicação de questionários fechados e
padronizados foi escolhida porque as respostas são
práticas e objetivas, facilitando também a
compilação dos dados.
Também foi utilizado o
olhar do observador durante a aplicação do
questionário.
A coleta de dados abrangeu o período de
agosto de 2011 a novembro de 2012 e foi efetuada
pelo mesmo pesquisador para evitar viés. Foi
solicitada a colaboração dos investigados para
responderem ao instrumento individualmente
durante sua jornada de trabalho, assim o fizeram.
Os dados obtidos foram analisados em relação à
população utilizada no trabalho, através da análise
de variância (ANOVA), utilizando o programa
estatístico Prism 3.0 com pós-teste de Tukey
(p<0,05). Por meio dos dados obtidos, foram
construídas tabelas e gráficos (WILCOXON;
WILCOX, 1964).
RESULTADOS
Foram realizadas análises descritivas e
quantitativas através da aplicação de questionário.
Essa análise busca quantificar opiniões e dados, na
forma de coleta de informações, sendo muito
utilizada no desenvolvimento de pesquisas
descritivas, onde se procura descobrir e classificar
relações entre variáveis (OLIVEIRA, 1999).
Não houve classificação prévia dos
informantes com alguma forma de critério: sexo
ou faixa etária. Obteve-se, com essa opção, uma
diversidade que permitiu um registro mais
abrangente.
Ao analisar as trinta empresas de
Fisioterapia constatou-se que em oito (n=8) o
gestor apresentava formação básica em
administração de empresas e em vinte e duas
(n=22) o entrevistado apresentava outra formação
(fisioterapeuta ou contabilista) exercendo as
atividades próprias da gestão (figura 1).
Figura 1 - Formação dos investigados nas
empresas avaliadas.
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Rev. Interfaces. Ano 1, v. 1, n.1, mar, 2013.
Considerando que foram atribuídos valores
que variam de alternativa de resposta nas vinte
proposições apresentadas aos sujeitos, ou seja:
totalmente desejável, desejável, indesejável e
totalmente indesejável, espera-se que no grupo
estudado, o valor mínimo de cada função seja o
equivalente ao número de sujeitos do grupo
(n=30) multiplicado por 5 (dado que cada função
é compreendida por 5 proposições), totalizando
150 respostas para cada item avaliado.
Na Tabela 1 podemos observar que a
função de CONTROLE obteve maior escore para
a opção totalmente desejável, indicando ser a
função mais utilizada na gestão da empresa,
seguida em ordem decrescente da função de
ORGANIZAÇÃO, de DIREÇÃO e de
PLANEJAMENTO.
Levando-se em consideração o ciclo
dinâmico representado pelo processo
administrativo, onde as funções administrativas
estão intimamente relacionadas, em uma interação
dinâmica (CHIAVENATO, 2001), a expectativa
era de que as funções realizadas pelos
administradores nas clínicas pesquisadas tivessem
reconhecimentos semelhantes ou na mesma
proporção para as respostas, o que na prática não
se comprovou com os testes.
Tabela 1- Distribuição de valores relativos às
funções administrativas segundo quantidade de
respostas e funções.
Função
Sujeito
s
Planejam
ento
Organiz
ação
Direç
ão
Contr
ole
Totalm
ente
desejáv
93 104 95 112
el (4)
Desejáv
el (3)
12 12 26 18
Indesej
ável (2)
11 16 7 19
Totalm
ente
Indesej
ável (1)
34 18 22 1
TOTA
L
150 150 150 150
Por meio da análise dos dados, conforme
tabela 1, verificou-se que as expectativas dos
administradores em relação às funções
administrativas, quando comparadas entre si
através do Teste não paramétrico de Tukey (teste
de comparação múltipla) para mais de duas
avaliações (one-way ANOVA), apresentaram
diferenças estatisticamente significantes entre as
funções administrativas.
A primeira opção de funções
administrativas analisada foi a de controle (figura
2), tendo como a opção totalmente desejável para
todas as perguntas. Na primeira pergunta: o
administrador deveria realizar, com base em
critérios, avaliação periódica da equipe de
trabalho (n=24); na segunda: deveria fazer
previsão de recursos materiais a serem utilizados
na clínica de Fisioterapia (n=20); na terceira:
deveria manter os recursos materiais e
equipamentos em condições de uso (n=23); na
quarta: ao dirigir as atividades, o administrador
deveria fornecer todas as informações que o
pessoal necessita para realizar seu trabalho (n=24)
e na quinta: deveria controlar a utilização e o
estoque de recursos materiais utilizados na clínica
de Fisioterapia (n=23).
Figura 2 - Gráfico das perguntas de controle do
administrador em clínicas de Fisioterapia
particulares. (*** p<0,001).
Quanto à função organização, observou-se
que o administrador tem como resultado opção
totalmente desejável para todas as perguntas
realizadas como: o administrador deveria
estimular as pessoas para prestarem assistência
qualificada, n=23 (1ª pergunta); deveria realizar,
com base em critérios, avaliação periódica de seu
desempenho, n=17 (2ª pergunta); deveria fazer
previsão de recursos humanos necessários na
clínica de fisioterapia, n=23 (3ª pergunta); deveria
organizar programas específicos de educação em
serviço, n=21 (4ª pergunta) e ao dirigir os
trabalhos de sua unidade o administrador deveria
considerar tanto os objetivos da organização
quanto aos objetivos individuais, n=23 (5ª
pergunta) (figura 3).
Figura 3 - Gráfico das perguntas de organização
do administrador em clínicas de Fisioterapia
particulares. (*** p<0,001).
Quanto à função de direção (figura 4) obteve-se a
opção totalmente desejável para as perguntas: o
administrador deveria determinar as atividades
para os membros da equipe da clínica de
fisioterapia, n=21 (1ª pergunta); deveria ter
autoridade para comandar a equipe de trabalho,
n=26 (2ª pergunta); deveria utilizar critérios para
avaliar a assistência de fisioterapia prestada ao
paciente, n=26 (3ª pergunta) e deveria planejar a
avaliação da assistência de fisioterapia prestada
pela equipe, n=23 (4ª pergunta) e como opção
totalmente indesejável para a pergunta o
administrador deveria delegar atribuições da sua
competência para outro elemento da equipe, n=18
(5ª pergunta).
Figura 4 - Gráfico das perguntas de direção do
administrador em clínicas de Fisioterapia
particulares. (* p<0,05).
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Quanto ao planejamento (figura 5) pode-se
observar que o administrador tem como opção
totalmente desejável para as funções de planejar
os programas de assistência, n=24 (1ª pergunta);
organizar a unidade de acordo com a estrutura
organizacional da instituição, n=22 (2ª pergunta);
supervisionar e orientar os membros da clínica de
Fisioterapia, n=24 (3ª pergunta) e deveria utilizar
critérios para avaliar os programas desenvolvidos
na clínica de Fisioterapia, n=22 (4ª pergunta) e a
opção totalmente indesejável quando o
administrador deveria planejar a assistência
fisioterápica individualizada para o paciente
corroborando para as competências de cada
profissão, n=21.
Figura 5 - Gráfico das perguntas de planejamento
do administrador em clínicas de Fisioterapia
particulares. (** p<0,01).
Ao analisar o ambiente externo foi
observado o escaneamento, monitoramento,
previsão e avaliação das clínicas de Fisioterapia.
Quanto aos recursos tangíveis verificou-se que as
finanças, os recursos organizacionais, físicos e
tecnológicos são bem utilizados pelos
administradores nas clínicas de Fisioterapia.
Quanto aos recursos intangíveis na maioria das
clínicas observou-se o companheirismo e o apoio
mútuo entre os profissionais, as dúvidas quanto
aos tratamentos fisioterápicos sempre eram
discutidas como forma de estudo de caso e o
relacionamento com os funcionários também
foram bem marcantes nas clínicas avaliadas.
DISCUSSÃO
Para se administrar é importante saber e
realizar a função controle. Maximiano (2000) cita
que o controle é a parte do processo que tem por
finalidade acompanhar e avaliar o comportamento
da organização e de seus objetivos. Na análise de
Faria (2002) o controle mede e dimensiona os
atos, para verificar se estão ocorrendo de acordo
com o plano traçado. Assim, localizar as falhas e
erros é seu principal objetivo, com a finalidade de
corrigi-los.
O administrador de clínicas de fisioterapia
vê-se frente a todo tipo de situação, todos os dias,
devendo controlar o material de consumo e
permanente, a escala diária dos funcionários, a
assistência prestada aos clientes, enfim, controlar
para evitar desvios na qualidade e quantidade de
recursos usados na empresa.
Para a clínica de fisioterapia isso é
extremamente importante porque o administrador
estará proporcionando um ambiente adequado
para a assistência, com qualidade, ao controlar a
equipe e demais recursos, principalmente para os
pacientes.
A função controle envolve uma ação
harmoniosa entre os administradores e os clientes,
uma fase do processo administrativo intimamente
ligado ao planejamento, organização, e direção, e
não puramente avaliadora. Isto permite a obtenção
de indicadores sobre a qualidade da assistência
prestada, fato observado nessa pesquisa visto que
as atividades de controle estão sendo bem
realizadas.
A segunda função mais verificada,
realizada pelos gestores das clínicas de fisioterapia
pesquisadas, foi a de organização. Faria (2002)
define a organização como o ato de preparar todas
as coisas que sejam úteis ao funcionamento da
empresa, desde a parte material, até mesmo o
pessoal, passando pelo social.
Para Maximiano (2000) a função
administrativa de organizar consiste em dividir
tarefas entre os indivíduos ou grupos. É o
processo de decidir quem vai fazer o quê. A
função de organização é como um conjunto das
atividades necessárias para realizar os planos e os
objetivos traçados, a atribuição dessas atividades
nos setores apropriados e os passos necessários
para a distribuição e coordenação de tarefas.
A organização, estrutura e funcionamento
do sistema de serviços de saúde são ativos e
correlacionam-se com o desenvolvimento social e
econômico do país.
Os setores privados têm ação
importante na geração e inovação de serviços. Nas
clínicas de fisioterapia a organização para a
realização das atividades de atendimento à
pacientes é necessária para oferecer melhor
qualidade para a reabilitação destes, por isso essa
função deve ser realizada de maneira competente.
Koontz e O´Donnell (1997) relatam que a
direção está relacionada com supervisão e
orientação dos subordinados, com o intuito de
fazer com que esses integrem seus esforços no
alcance dos objetivos da empresa.
É parte da
função de direção orientar qual o caminho para
realizar a ação.
Cabe ao administrador proporcionar
condições para que os funcionários se envolvam e
assim executem sua função da melhor maneira
possível, contribuindo para a qualidade da
assistência prestada. Isso é possível à medida que
o administrador desenvolve o seu potencial e
habilidade para liderar conquistando e buscando
estimular a motivação dos funcionários a ele
subordinados.
Dos entrevistados constatou-se que,
relacionado à função de direção, seria totalmente
indesejável a delegação das atividades inerentes à
gestão da clínica para subordinados.
Esse fato fica
evidenciado quanto da delegação de suas
atribuições a outrem e se justifica pela percepção
de cargo técnico para a gestão da clínica, se
exercida por um administrador de formação,
devido à natureza do negócio dessas empresas.
Ferreira, Reis e Pereira (1999) esclarecem
que, o planejamento é o primeiro passo do
processo administrativo. Planejar significa
estabelecer os objetivos da organização,
especificando a forma como serão atingidos. Parte
de uma sondagem do futuro desenvolvendo um
plano de ações para atingir os objetivos traçados.
Para Koontz e O´Donnell (1997) o
planejamento deve ser a primeira das funções a ser
executada, é fundamental, pois envolve a seleção
das diretrizes e objetivos, procedimentos e
programas para atingi-los. O administrador deve
planejar a unidade nos seus mínimos detalhes,
englobando material, pessoal, rotinas, normas e
ambiente, decidindo antecipadamente o que, de
que maneira, quando fazer e quem deve fazer.
Concordamos com os autores e acreditamos que
no planejamento setorial deve haver a
preocupação, principalmente, com a assistência
prestada ao paciente.
Para Hampton (1991) a estrutura
organizacional das empresas sofrem pressões
tanto no âmbito interno como no âmbito externo,
de modo que se exige uma mudança
organizacional, revendo-se os métodos e
equipamentos de trabalho, as normas, a estrutura
da organização, as práticas de controle, os padrões
de comunicação entre as pessoas, o projeto de
trabalho, as técnicas de planejamento, e muitos
outros aspectos das empresas.
Para que essas clínicas de fisioterapia
sejam melhores administradas seria preciso a
inclusão do administrador em todas elas e para tal
seria preciso que as empresas sofram processos de
mudança, para assim proporcionar um
atendimento de reabilitação mais eficaz.
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Para Kotler (2000), o planejamento
estratégico é o processo gerencial de manter e
desenvolver um ajuste viável entre as
experiências, objetivos e recursos da organização
e suas oportunidades de mercado. O propósito do
planejamento estratégico é remoldar e moldar os
negócios das clínicas de fisioterapia com objetivo
de crescimento e lucro.
No enfoque de Stoner (1999) sobre as
forças que criam a necessidade de mudança,
resgata que qualquer fator do ambiente externo
interfira na capacidade da organização de atrair os
recursos humanos e materiais de que necessita
torna-se uma força de mudança e que qualquer
fator do ambiente interno afete a forma pela qual a
organização executa suas atividades também é
uma força de mudança.
A pressão externa na visão de Hamptom
(1991) relaciona-se com as condições ambientais
que são cada vez mais instáveis, ou seja, as
condições econômicas, a disponibilidade e custo
dos materiais e do dinheiro, a inovação de
produtos e tecnologias, e as normas do governo,
tudo isso pode mudar rapidamente, interferindo
diretamente no posicionamento da empresa, ou
seja, forçando uma mudança organizacional. Há
também a pressão interna, em virtude que dos
valores humanos e a consciência jurídica dos
empregados tornaram-se mais fortes no decorrer
da evolução industrial contemporânea.
A figura irracional e impessoal do
trabalhador em relação ao trabalho que reprime
participação intelectual demonstra-se, a cada dia
mais, ultrapassada, surgindo, em contrapartida,
uma visão valorizadora da individualidade e autoexpressão
no trabalho. Os empregados atuais estão
em níveis educacionais bem mais elevados, à
medida que passaram a questionar justiça e
sensibilidade nas decisões e atos administrativos;
passaram a conhecer mais sobre as suas maiores
proteções contra o tratamento ilegal e arbitrário e
passaram a garantir seus direitos por maior ação
positiva, segurança, compensação a outras leis.
Stoner (1999), de maneira muito
semelhante a Hampton, divide essas forças
externas e internas. Para ele, uma enorme
variedade de forças externas como os custos
crescentes e a escassez cada vez maior dos
recursos naturais, a segurança dos empregados e
as normas contra a poluição, os boicotes dos
consumidores, os níveis mais altos de instrução da
oferta de trabalho, as altas taxas de juros, desde os
avanços tecnológicos até os atos de concorrência
ao poder pressionam as organizações para que
esses modifiquem sua estrutura, seus objetivos e
seus métodos de operação.
Diz ainda que a
mudança pode se originar de forças internas cujas
fontes são novas estratégias, tecnologias e atitudes
e comportamentos dos empregados, onde as
mudanças das atitudes das pessoas diante da
autoridade e de suas expectativas de satisfação no
trabalho.
Na abordagem de Chiavenato (2000), as
forças que criam a necessidade de mudança são
denominadas de forças exógenas (externas) e
forcas endógenas (internas), em que estas
envolvem decisões e atividades internas,
demandas de novos processos e tecnologias,
novos produtos ou serviços, exigências dos
empregados e sindicatos e as forças exógenas se
relacionam às exigências de economia
globalizada, da tecnologia, de consumidores e de
concorrentes.
Criada a necessidade de mudança, a
etapa seguinte é o diagnóstico da mudança,
fazendo-se a definição das mudanças necessárias
em tecnologia, produtos, estrutura e cultura e
ocorrerá a etapa final com a implementação da
mudança, onde é utilizada a análise de campo de
forças, táticas de ultrapassar resistência à
mudança.
Maximiano (2000) relaciona que a
estrutura organizacional da empresa deve passar
por revisões periódicas no que diz respeito ao grau
de complexidade do ambiente; eficiência e
redução de custos; reavaliação da composição,
idade e experiência da força de trabalho;
redefinição de missão e objetivos e ainda se
averiguar o aspecto disciplinar da empresa,
cogitando-se atividades novas.
Para Hampton (1991), outro aspecto
decorrente da mudança organizacional é o
problema relacionado à divisão de
responsabilidades e autoridades entre
departamentos e cargos. As novas normas e as
novas exigências desafiam principalmente a
função dos administradores. O processo de
mudança segue etapas que são sequências e
plenamente interligadas, de modo que esse
processo consiste em perceber espaço entre
objetivo e desempenho, diagnosticar a situação,
planejar mudança, em seguida, implementar e, por
fim, avaliar etapas, no entanto, podem ser
omitidas, dependendo do caso.
Stoner (1999) mostra os passos que um
administrador não deve impor dificuldades para
acatar ordens ou aprender outra nova técnica de
análise, enquanto que a sugestão da necessidade
de se fazer uma mudança de estilo administrativo
ou de atitude é percebida como um ataque à
autoimagem e um sinal de inadequação que dura
pouco em muitos casos, tendendo ao resgate do
padrão tradicional.
Chiavenato (2000) associa a mudança no
desenvolvimento organizacional, e que esse
desenvolvimento é conquistado à medida que se
muda a cultura e o clima da organização, sendo
aquela o conjunto de hábitos, crenças, valores e
tradições, interações e relacionamentos sociais
típicos de cada organização, enquanto que o clima
organizacional constitui o meio interno ou a
atmosfera psicológica característica de cada
organização, envolvendo fatores estruturais, como
o tipo de organização, tecnologia utilizada,
políticas de companhia, metas operacionais,
regulamentos internos, além de atitudes e
comportamento social que são encorajados ou
sancionados através dos fatores sociais.
Chiavenato (2001) faz uma observação
bastante objetiva das forças que atuam no
processo de mudança, ao afirmar que quando as
forças positivas (forças que atuam como apoio e
suporte à mudança) são maiores que as forças
negativas (forças que atuam como oposição e
resistência à mudança), a tentativa de mudança é
bem-sucedida e a mudança ocorre efetivamente.
Porém, quando as forças negativas são maiores
que as positivas, a tentativa de mudança é mal
sucedida e a mudança somente ocorre quando se
aumentam as forças de apoio e suporte ou quando
se reduzem as forças de resistência e oposição.
Pela análise dos dados podemos
vislumbrar, pelo menos no nível de clínicas
fisioterápicas particulares, uma convergência de
esforços para que o administrador desempenhe
funções administrativas que, no nosso entender,
devem ser focalizadas no ambiente externo, no
meio ambiente expandido e operacional visando
às necessidades dos pacientes.
A estratégia empreendedora, na visão de
Mintzberg e Quinn (2001), é um processo bem
visionário, característico de pessoas capazes de
gerar negócios e desenvolvê-los com sucesso.
Esse processo consiste na representação mental
tão presente que orienta suas ações, que se pode
realizar e capacitar para contagiar outras pessoas
que participam ou podem participar desse projeto
de transformação.
A escolha das ferramentas do
planejamento estratégico e do plano financeiro
justifica-se pela adoção de uma abordagem
estratégica sobre o tema e por se considerar tais
ferramentas como as mais pertinentes para a
análise das clínicas de Fisioterapia.
CONCLUSÃO
Com relação à ordem das funções
administrativas das clínicas particulares de
fisioterapia da cidade de Fortaleza, foram
verificadas na sequência: controle, organização,
MUNIZ FILHO, Júlio César; CHAGAS, Anna Caroline Soares; Paloma Soares Braz;PONTES, Renata Bessa, M.Sc., Ft.; MORAIS, Laudemiro
Rabelo de Sousa e, M.Sc. Funções Administrativas Aplicadas na Gestão de Clínicas de Fisioterapia Particulares da Cidade de Fortaleza.
Rev. Interfaces. Ano 1, v. 1, n.1, mar, 2013.
direção e planejamento.
Essa ordem alterada (do
que se deve utilizar, de acordo com a teoria) se
justifica devido às funções administrativas não
serem, na maioria das clínicas consultadas,
realizadas por um administrador, mas por outro
profissional exercendo a função de gestão. O que,
por outro lado, não enseja o fato de que as demais
funções inexistam, ou não sejam aplicadas. É fato
que como processo interdinâmico, mas também
sequencial, a ordem alterada possa influenciar no
atingimento dos resultados organizacionais
esperados.
A função controle foi a mais realizada,
visto que o administrador utiliza essa função para
monitorar o que foi planejado e dirigido, ajudando
a tomar atitudes corretivas, pois as funções
administrativas são essenciais para qualquer
empresa que almeja ser dinâmica e bem-sucedida.
Além disso, os outros profissionais, que
exercem a função de gestão, sabem da importância
de um administrador nas clínicas e que estes não
devem delegar atribuições da sua competência
para outros e não devem planejar a assistência
fisioterápica inerente ao fisioterapeuta.
Portanto, foram analisadas as estratégias
de gestão empresariais utilizadas nas clínicas de
Fisioterapia observando o ambiente operacional e
expandido, os recursos tangíveis (financeiros,
organizacionais, físicos e tecnológicos) e
intangíveis (relação entre fisioterapeutas e
funcionários) utilizados demonstrando as
vantagens competitivas de uma clínica em relação
à outra.
O estudo realizado permitiu-nos concluir
que os administradores esperam que as funções de
planejamento, organização, direção e controle
sejam realizados por eles mesmos.
Diante disso,
fica clara a necessidade de que o administrador
deve interagir com os fisioterapeutas e outros
funcionários das clínicas para que a assistência
prestada aos clientes seja sempre visualizada
como o objetivo primordial a ser atingido que a
nosso ver, é o ponto de partida para uma prática
administrativa empresarial adequada. Sendo as
clínicas de Fisioterapia um campo de trabalho em
ascensão para os administradores.
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