sexta-feira, 13 de julho de 2018

Resumo História do Futebol da Bahia

A Associação Desportiva Catuense (atual: Catuense Futebol S/A) é uma agremiação da cidade de Alagoinhas (BA).O ‘Catuca’ foi Fundado no dia 1º de Janeiro de 1974, por Antônio Pena, Dagmar Gomes da Silva, Raimundo Stélio, Gerson Santos, José Joaquim, Edmilton Galisa, José Luiz, Ademir Brito, Jucundino Freire e Eliseu Costa.
Liderados por Antonio Pena, ex-prefeito de Catu, em 1974 um grupo de empresários e funcionários da antiga empresa Catuense Transportes Rodoviários decidem fundar um clube de futebol, a Associação Desportiva Catuense, que antes disso já havia sido chamado de Catu Atlético Clube, sem imaginar eles, que esse time conseguiria se formar uma das maiores forças do futebol baiano.
Começou disputando torneiros amadores na cidade de Alagoinhas, onde a ideia do time surgiu, e o nome Catuense foi escolhido por Antônio Pena que antes já havia sido conselheiro no Alagoinhas Atlético Clube e no soteropolitano Galícia Esporte Clube, por conta do apreço que ele tem a cidade de Catu que fica a 30 KM de Alagoinhas.


Sagrou-se campeão no primeiro ano disputando o campeonato de amadores de Alagoinhas, voltando a ser campeão em 1976 e vice em 1975 e 1978. Em 1980 a Catuense foi convidada pela Federação Bahiana de Futebol a disputar o torneio de acesso à divisão especial do futebol profissional, onde acabou se sagrando campeã e ganhando o direito de jogar no Campeonato Baiano de Futebol da 1ª Divisão de 1981, onde a Catuense teve uma estréia sensacional chegando a 3ª colocação geral e conquistando o título de campeã do interior, assim conquistando uma das vagas na Taça de Prata (Campeonato Nacional Brasileiro da época) no ano de 1982 onde teve participações das mais dignas.




Anos depois, a Catuense foi a final do Campeonato Baiano de Futebol de 1983, mas ficou com o vice-campeonato sendo desbancada pelo Bahia. Depois disso a Catuense voltou a ser vice-campeã em mais 3 oportunidades, em 1986, 1987 e 2003. Em 2001 conquistou a Taça Estado da Bahia e em 2004 conquistou o Campeonato do Interior da Bahia, em cima do Atlético de Alagoinhas.
Campeonato Brasileiro de FutebolSérie B: 1982, 1985, 1986, 1987 (Não é oficial), 1988, 1989, 1990 e 1991.
Em 1989 e 1990, fez suas melhores participações na Segundona, faltando um passo para conquistar o acesso para divisão principal do futebol brasileiro e uma chance de conquista um título nacional. No ano de 1989, foi eliminado pelo São José nas semifinais, terminando o campeonato em 4° lugar. 1990 faria novamente uma excelente campanha, chegando na Terceira Fase de 2 grupos com 4 equipes cada, sendo que apenas o primeiro colocado de cada grupo conseguiria o acesso para a Série A.
A Catuense empatou no confronto direto contra o Atlético Paranaense, mesmo com esse tropeço, ainda teve uma última chance de subir, mas foi derrotada pelo Criciúma no último jogo fora de casa.
Pelo Campeonato Brasileiro de Futebol – Série C, disputou por oito vezes o campeonato, nos anos de: 1987, 1992, 1994, 1996, 1997, 1998, 2001 e 2003.
Em 2003 disputou a Copa do Brasil de Futebol, enfrentando logo na primeira fase o poderoso Atlético Mineiro. No primeiro jogo, a Catuense surpreendeu todos goleando por 4 a 2, no Penão, mas acabou sendo eliminado no Mineirão por 5 a 1.

Reportagem, de 1983: Redenção Futebol Clube – Salvador (BA)


Pôster: E.C. Bahia Heptacampeão do Campeonato Baiano de 1973/74/75/76/77/78/79

O Alagoinhas Atlético Clube é uma agremiação da cidade de Alagoinhas (BA). Após análises dos sucessivos sucessos dos campeonatos de futebol amador da cidade de Alagoinhas, em que destacavam-se o Grêmio, Ferroviário, Agulha, Juventus, Botafogo e Gato Preto, e das participações da Seleção Alagoinhense nos campeonatos intermunicipais de seleções, com a inauguração do Estádio Municipal Antônio de Figueiredo Carneiro (Estádio Antônio Carneiro – o Carneirão), os desportistas de Alagoinhas, resolveram fundar e inscrever um clube para disputa do Campeonato Baiano de Futebol.
Um novo Clube, que unificasse todos os amantes de futebol da cidade sob uma só bandeira, assim surgiu o Alagoinhas Atlético Clube, Fundado no dia 02 de Abril de 1970, e a sua Sede fica localizada na Praça Professor Mário Laerte, s/n, no Centro de Alagoinhas.
Sócio fundador, conselheiro e torcedor apaixonado, Saturnino Peixoto Pinto concentrou seu poder de imaginação para criar o escudo do Atlético, clube de seu coração e, explicando seu significado:“O escudo é de forma circular e sua periferia é contornada por uma roda dentada em esmalte sable (preto), significando pela forma, o trabalho e, pela cor, a prudência e o poder. Segue-se a faixa concêntrica em metal prata (brancol), significando pureza e paz, Nessa faixa está colocada a legenda Alagoinhas Atlético Clube, sendo separada por três estrelas que representam os elementos da natureza: Terra, Água e Ar. O círculo central, em esmalte galês (vermelho), significa soberania e luta e nele está localizada as letras “AAC”, de traçado concêntrico e em metal prata (branco)”.

Para a festa que a cidade de Alagoinhas preparou para inauguração do Estádio do Carneirão em 24 de janeiro de 1971, com o jogo Bahia 3 – 1 Corinthians (que tinha como principal atração o tri-campeão mundial Roberto Rivelino), foi reservado a emoção de naquele dia, ver nascer o símbolo do Atlético, o Carcará.
O “pai da ideia” foi o desportista, conselheiro e sócio-fundador Heraldo Aragão. Com outros desportistas (Edvalson Lima e Walter Campos), todos eles sentiram a necessidade de criarem um fato que lembrasse o Atlético, nesse evento, que seria a invenção do símbolo do clube. O Radialista Antonio Pondé visualizou um boneco, com a cabeça em forma de laranja, para ser o mascote, o que não vingou. Na época, havia um feirante que vendia folhas medicinais que possuía um pássaro, o carcará, que fora lembrado por Heraldo e, procurando-o, combinou para no dia dessa festa, levasse seu pássaro para o estádio e desse uma exibição diante da torcida. Foi uma sensação, mas diante de tanta gente, o animal ficou assustado e, bateu asas sumindo, levando o dono ao desespero, pela perda, vindo a cobrar do pai da ideia, a quantia de 50 mil cruzeiros de indenização. Mas felizmente o pássaro voltou, para alegria não só do dono, como também, de Heraldo Aragão que seria obrigado a desembolsar tal quantia.
A partir daí, o Carcará, já consagrado, passou a ser o símbolo do Atlético.
Com a documentação em dia, diretoria já constituída, com o time formado e o Estádio Antonio Carneiro (o Carneirão), pronto, só faltava disputar o campeonato baiano de profissionais.
A diretoria do Atlético fora à Federação Baiana de Futebol para convencer ao então interventor, Dr. Cícero Bahia Dantas, à inclusão no campeonato. Mesmo não garantindo, prometeu lutar, alegando as qualidades do Estádio do Carneirão, que era um dos melhores do estado. Não deu tempo em atender a reivindicação por Ter sido substituído pelo Dr. Jorge Radel que deu a triste notícia: “o Atlético não deverá participar do campeonato de 71, os novos estatutos não permitem”.
Com o prestígio do então Prefeito de Alagoinhas, Dr. Murilo Cavalcante, que levou a Diretoria ao Governador do Estado, Dr. Luiz Viana Filho, para exporem a situação, veio o sinal verde, após interferir junto a FBF.
A primeira partida amistosa, disputada pelo Atlético, foi em 30 de janeiro de 1971, num jogo amistoso, no Estádio do Carneirão, contra o Fluminense de Feira de Santana, em que fora vencido pelo placar de 1 x 0.
A primeira partida oficial, válida pelo Campeonato Baiano/71, foi no dia 11 de abril de 1971, também no Carneirão, contra o Leônico, em que o Atlético venceu pelo escore de 2 x 1. O primeiro gol surgiu aos 37 minutos da fase inicial, quando Dida recebeu um lançamento de Olívio, driblou dois zagueiros e da entrada da grande área, chutou no ângulo esquerdo do goleiro “adversário”, sem chance de defesa. Alegria total nas arquibancadas, era gol do Atlético. No segundo tempo, o Leônico voltou ameaçador empatando aos 18 minutos, emudecendo por completo a plateia que lotava o estádio. Mas, houve uma reação, jogando melhor e, aos 43 minutos, Dida aproveitando a cobrança de um escanteio, pela direita, fez um bonito gol, levando a torcida ao delírio e, um carnaval tomou conta da cidade. Era o Atlético ingressando no cenário esportivo profissional.


Pôster, da década de 30: Galícia Esporte Clube – Salvador (BA)

 

Foto Rara, de 1917 – Benjamin Constant Foot-Ball Club – Salvador (BA)


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