segunda-feira, 31 de dezembro de 2018

VEJA.com Partidários do ex-presidente Lula celebram Ano Novo em frente à prisão AFP 5 horas atrás

 
Público começa a se aglomerar na Vigília Lula Livre em Curitiba© Athos Briones/@LulaOficial Público começa a se aglomerar na Vigília Lula Livre em Curitiba
Partidários do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso em Curitiba, chegaram à cidade para celebrar o Ano Novo nas imediações da sede da Polícia Federal, onde ele cumpre uma condenação de 12 anos e um mês de prisão.
Será a primeira vez que Lula, de 73 anos, passa o Ano Novo em sua cela especial, localizada no quarto andar da PF. O ex-presidente começou a cumprir a sua condenação por corrupção passiva e lavagem de dinheiro em abril.
Desde que foi preso, em 7 de abril, dezenas de partidários mantêm ativa uma vigília em frente à sede. Do pequeno terreno observa-se a janela do fundador do Partido dos Trabalhadores, e seus simpatizantes lhe dão em horas marcadas “bom dia”, cantam canções ou realizam reuniões no local.
A assessoria do PT na capital paranaense afirma que espera 1.500 pessoas para os toques de fim de ano.
A agenda contempla atividades culturais, saudações ao ex-presidente, um ato político e um ato religioso. A partir das 23h00, a militância, junto com alguns dirigentes como Gleisi Hoffmann, presidente do PT, aguardará a chegada do Ano Novo.
A data é especialmente simbólica para Lula, que em 1º de janeiro de 2003 se tornou o primeiro presidente de esquerda do Brasil, em um emocionante ato em Brasília diante de 200 mil seguidores.
Dezesseis anos depois, o Brasil deu uma guinada à direita e, na terça-feira (1), assumirá a presidência o capitão do Exército Jair Bolsonaro, admirador da ditadura militar que Lula combateu como líder sindical.
Durante a noite de Natal seus seguidores também se concentraram em frente à sede da PF em Curitiba para manifestar o seu apoio. “Esse Natal não poderei estar junto fisicamente com a minha família, meus filhos e netos. Mas não estou sozinho. Estou com vocês da vigília, que têm sido minha família”, escreveu o ex-presidente.
Lula, que responde a outros processos, se declara inocente em todos e denuncia uma conspiração para impedi-lo de voltar ao poder.
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HuffPost Brasil Temer desiste de assinar indulto de Natal de 2018 Agência Brasil

 
© NORBERTO DUARTE via Getty Images
Às vésperas de encerrar seu mandato, o presidente Michel Temer informou a auxiliares ter desistido de assinar o indulto de Natal de 2018. Após idas e vindas sobre a decisão, Temer julgou melhor não tomar nenhuma iniciativa diante do fato de o Supremo Tribunal Federal (STF) não ter o concluído o julgamento da suspensão do indulto de 2017.
A suspensão ocorreu após pedidos de vista dos ministros Dias Toffoli e Luiz Fux, com um placar de 6 a 2 a favor da validade do decreto de indulto natalino editado pelo presidente Michel Temer no ano passado. Com o adiamento, continua valendo a liminar proferida pelo relator, ministro Luís Roberto Barroso, que suspendeu parte do texto do decreto.
O decreto, que é uma prerrogativa do presidente, é assinado todos os anos sem exceção desde 1988.© NORBERTO DUARTE via Getty Images O decreto, que é uma prerrogativa do presidente, é assinado todos os anos sem exceção desde 1988.
O ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, chegou a anunciar na última quinta-feira (27), durante café da manhã com jornalistas, que Temer assinaria o decreto até sexta-feira (28), mas isso não ocorreu. Na prática, o presidente só teria esta segunda-feira (31) para tomar a medida, defendida pela Defensoria Pública da União (DPU).
Esta será a primeira vez em 30 anos que a Presidência da República não emitirá um decreto em favor de apenados por crimes não violentos que já cumpriram parte da pena.
Ao falar sobre o caso, Marun criticou o fato de o indulto de 2017 ter sido sobrestado e modificado pelo ministro do STF, Luis Roberto Barroso. "Quem sou eu para dizer que o STF errou", disse Marun. "Penso que o erro foi de um ministro do STF, já que é claro na Constituição que a prerrogativa de decretar um indulto é do presidente da República."
No julgamento não concluído no Supremo, a maioria do plenário havia votado, em 28 de novembro, pela validade do ato presidencial do ano passado.
Em março, Barroso suspendeu o indulto, atendendo a pedido da Procuradoria-Geral da República, com o argumento de que a medida supostamente beneficiaria presos da Operação Lava Jato. O ministro também discordou da exigência de cumprimento de apenas 20% da pena e de estender o benefício a quem não tivesse quitado multas judiciais.