sexta-feira, 10 de maio de 2019

ESPN Procon só responderá sobre valores de PPV do Brasileiro um dia depois de Atlético-MG x Palmeiras Francisco De Laurentiis 4 horas atrás

 
 
Torcedor acompanha jogo de futebol pela televisão© Getty Images Torcedor acompanha jogo de futebol pela televisão
No final de abril, o Procon (Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor) notificou cinco operadoras de TV por assinatura para que apresentassem esclarecimentos sobre o valor dos pacotes de PPV (pay-per-view) do Campeonato Brasileiro.
A principal questão era se o serviço teria desconto no valor, já que nem todas as 380 partidas da competição serão transmitidas, pelo fato do Palmeiras não ter chegado a um acordo para exibição de seus jogos em TV aberta e PPV.
"De acordo com o Código de Defesa do Consumidor, as empresas devem reduzir o valor de forma proporcional aos jogos não transmitidos”, diz nota do Procon.
Mais de 10 dias depois, porém, ainda não houve qualquer mudança ou novidade sobre o tema.
ESPN, então, procurou Fernando Capez, diretor-executivo da Fundação, que salientou que tudo ainda está sob análise e tramitando pelos departamentos jurídicos.
No entanto, uma reposta sobre a questão só deve sair a partir de segunda-feira - ou seja, um dia depois do jogão entre Atlético-MG, líder do Brasileiro, e Palmeiras, o 2º colocado, que não terá transmissão por conta do imbróglio.
"O Procon instaurou averiguação preliminar e analisa o contrato e suas cláusulas. O caso saiu da Diretoria de Orientação para a Diretoria de Fiscalização. Ainda não houve decisão administrativa sobre o caso, que se encontra em análise jurídica. Semana que vem devemos ter novidades", disse Capez à reportagem.
A equipe do Palestra Itália, porém, segue irredutível em suas convicções: quer valores semelhantes aos de Corinthians e Flamengo, na casa de R$ 120 milhões de garantia mínima no pay-per-view.
Nos bastidores do clube, há o interesse em fechar com TV aberta e PPV, por conta do dinheiro e da visibilidade. No entanto, um acordo só sairá se for nos termos que o clube quer, e não que é oferecido atualmente à agremiação.
A alta cúpula palestrina vê o clube equilibrado financeiramente, e sem qualquer desespero pela verba da TV. O orçamento de R$ 561 milhões feito pela diretoria para 2019, inclusive, sequer prevê dinheiro vindo das cotas pagas pela exibição dos jogos.
Ou seja: o Palmeiras, campeão de dois das últimas três edições do Brasileiro, se considera apto a passar o ano apenas com o dinheiro vindo da bilheteria, do sócio-torcedor Avanti, da venda de jogadores (meta de R$ 50 milhões) e de seu patrocínio master.

Nenhum comentário:

Postar um comentário